segunda-feira, 28 de março de 2011

AS FOTOGRAFIAS ESTÃO MORTAS


Uma fotografia pode significar o marco de algo que foi.
Ou pode ser simplesmente: quando ela se torna algo além do conteúdo que representa.
Aí a fotografia rompe o link com a realidade a ser retratada e ao invés de reproduzir, ela cria o real.
O interessante é que quando o objeto fotografado é o amor, não é assim.
Nesse caso, o que se vê é o quê é; ou o quê foi; ou pior: a representação de tudo que poderia ter sido.
E quando a foto guarda um futuro que não existe mais, ela se torna triste.
As fotografias estão mortas.

sábado, 12 de março de 2011

Me dê motivo...



Todo mundo precisa de ter fé em alguma coisa.

Fé na vida, fé no trabalho, fé nas pessoas, fé nos filhos, fé no amor...

Porque isso é que dá sentido a vida.

O ruim é quanto a falta de fé ou a decepção com alguém ou algum aspecto estraga as fés depositadas em outros alguens ou aspectos.

Seria isso sinal do que é a coisa mais importante da vida da gente?

Poderia ser!

O complicado é que o mais importante da vida da gente muda a cada momento. Porque o mundo está cheio de conversas, pessoas e situações que podem nos trazer rumos novos.

Por isso o desejo, energia propulsora da vida, nunca é totalmente compreendido. É como a luz de estrela no céu: o brilho que vemos pode ser apenas rastro de algo que já sumiu ou já se transformou.

Mas a existência humana precisa de sentido. Então, não dá pra ficar buscando uma coisa diferente a cada momento e desistindo de outras tantas do dia pra noite. Precisamos de sentir que há uma continuidade, uma coerência na vida. Precisamos de razões para fazer as coisas porque as razões dão o sentido que precisamos para continuarmos vivos.

O ser humano está solto no mundo. Nada significa necessariamente alguma coisa. Tudo pode ser. O que temos é um combinado, acordo de cavalheiros (e isso é cultura!), de que nos relacionaremos de tal forma, trabalharemos daquele jeito, consumiremos e viveremos de tal maneira. O ser humano vive de acordos! 

Lealdade, honestidade, maternidade, qualidade, amor, respeito, etc... tudo isso são coisas que inventamos para vivermos juntos! E isso funciona na enorme maioria dos casos. Justamente por funcionar tanto é que quando não funciona, o caso chama atenção! A maioria das pessoas não se mata, não se xinga na rua, não rouba, cumpre suas obrigações no trabalho, enfim...

Isso acontece porque estamos todos no mesmo barco: o barco da incerteza e da efemeridade. Todos temos uma só vida e um monte de incertezas! E se um de nós descumpre um daqueles tratos, podemos estragar a vida de alguém, roubando dele o tempo investido naquilo que o decepcionou!!

E por que será que a decepção com alguma coisa as vezes consegue trazer a tona todos os problemas, melar tudo, transformar a vida numa chatice plena?

Porque quando alguém fura um combinado, ele promove um abalo sísmico nessa  rede de combinados: ele traz a tona o caráter de trato de cavalheiros que é essa nossa vida!! E aí nos lembramos de que tudo pode dar errado, tudo pode mudar ou acabar! As pessoas podem mentir, os patrões podem sacanear, os sinais de trânsito podem não funcionar...

E é preciso ser muito louco para retomar a fé na vida, mesmo sabendo que é tudo apenas um combinado, sem garantias. E é preciso ser muito bom de retórica para, em nossas conversas internas, mantermos um tom otimista, acolhedor, corajoso e determinado, para falarmos para nós mesmos que sabemos o que estamos fazendo e que tudo vai dar certo!

Por isso é que mantras funcionam: não é porque eles realmente trazem a pessoa amada em 5 dias, mas porque  no processo de mentalizar coisas boas e pronunciar frases otimistas, você muda o tom da sua conversa interna e o mundo vai ganhando cores novas, novos motivos. Mais esperança...

É... precisamos dessa loucura que é ter fé na vida!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Atentem-se às palavras!



amor rima com calor não é à toa 


words - worlds


sentido é sentimento


a vida acontece em conversas


faladas
piscadas
transadas
escritas
e risadas


Atentem-se às palavras!