Aquela pessoa inteligente, libertária, compreensiva, feliz e
receptiva com todos, que performa o ápice do equilíbrio e do senso crítico.
Aquele que prega a lógica da ingenuidade, porque a desconfiança desumaniza.
Aquele
que prega a liberdade, porque não devemos nos coadunar com a opressão mútua.
Aquele que prega...
E como bom pregador, “faça o que eu digo, não o que eu
faço”. E nesse mundo de dois pesos e duas medidas, a liberdade se torna opressão;
o senso crítico o mais puro machismo; o equilíbrio, violência; e a
inteligência... será que um dia existiu?
Existiu. Não a inteligência prometida, a da sofisticação e
iluminação pessoal, mas a inteligência chula da boa e velha capacidade de mentir
e persuadir: a arte de usar os argumentos certos para convencer uma pessoa de
algo que ela não faria se soubesse a verdade.
O que é a nossa velha conhecida “manipulação”. Aquela que
está por trás de todos os grandes problemas da humanidade que, aliás, aquela
pessoa critica tanto! Manipulação
clássica: a que rouba do outro o direito de escolha sobre a própria vida na
medida em que esconde sentidos e acontecimentos que mudariam o rumo das coisas.
Mais um clássico: a falta de ética!
Péssimo quando isso acontece, de toparmos pela vida com
pessoas sem ética. Mas a vida taí, o mundo é de todo mundo e eu sei que não são
todos que têm a capacidade de sustentarem, com vida, seus discursos. E a hipocrisia,
clássico dos clássicos, reina por aqui.
John Lennon revira na tumba. Oswald de Andrade dá risada.
Sartre não entende a perda de tempo. E Nietzsche esbraveja: mas você não
entendeu nada meu filho!
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